sábado, 31 de julho de 2010

Um motivo para ser feliz

Hoje me perguntaram o que era o mais importante naquele momento. Quase que inconscientemente eu formulei a resposta: minha família. Mas em uma fração de segundo me veio à cabeça que, não importa o que acontecesse, eles sempre seriam minha felicidade, daí eu respondi: "um motivo para ser feliz".

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Pode cantar quem souber o que tiver cantando, dá uma cantadinha sempre faz bem pra saúde. Não dá ruga não dá cancer, eticétera."
Trilha sonora do dia:
Joshua Radin and Schuyler Fisk
in Paperweight

domingo, 25 de julho de 2010

Retalhos

"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir.
Voltar, depois, quase impossível.
Não me mande coisas assim raivosas.
Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa.
Meu ser é de faca e não de flor.
É tudo tão bonito que me dói e me pesa.
Neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva.
Tenho achado viver tão bonito.
Relaxa baby e flui: barquinho na correnteza, Deus dará.
A vida é agora, aprende.
Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você.
E você sabe disso.
O caminho é in, não off.
Sempre há alguma coisa que falta.
Guarde isso sem dor, embora, em segredo, doa.
Loucura, eu penso, é sempre um extremo de lucidez.
Um limite insuportável.
As palavras traem o que a gente sente.
Mas sei que, por um instante, quase senti.
E eu continuo batendo batendo batendo batendo batendo nessa porta que não abre nunca.
Venha quando quiser, ligue, chame, escreva – tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.
Precisa sofrer e morrer muitas vezes por dia para sentir-se vivo.
Minha vida não cabe nos trilhos de um bonde.
Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.
Que era uma mulher e amava.
Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro.
O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato.
Amor aos montes, por todos os cantos, banheiros e esquinas .
Ando com uma felicidade doida, consciente do fugaz, do frágil.
Rindo da ingenuidade, tentando penetrar em sua intimidade.
Fico pensando se viver não será sinônimo de perguntar.
Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis.
Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura.
Não sei, deixo rolar.
Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo.
Não é verdade que as pessoas se repitam.
O que se repetem são as situações.
Abraçe a sua loucura antes que seja tarde demais.
Flor e abismo. Flor é abismo.
Embora a bomba esteja nas minhas mãos, estamos todos no mesmo barco, no mesmo beco.
Se ao menos dessa revolta, dessa angústia, saísse alguma coisa que prestasse.
E como isso me doía de vez em quando.
Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas.
O tempo é só uma questão de cor, não é?
Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
Ando bem, mas um pouco aos trancos.
Como costumo dizer, um dia de salto 7, outro de sandália havaiana.
Você era capaz apenas de viveras superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo.
Te mando retalhos de amor.
Preciso pegar minhas coisas e partir.
Viajar, esquecer, talvez amar.
Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê.
Não sei fazer ¨jogo social¨.
Até saberia, mas não me interessa, tenho preguiça.
Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.
Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.
A tua estrela é muito clara.
Tenho amigos tão bonitos.
Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica.
Fico quieto.
Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada.
Melhor levar para o lado do riso do que para o stadenervos, certo?
E exigimos o eterno do perecível, loucos.
A memória da gente é safada: elimina o amargo, a peneira só deixa passar o doce.
E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer.
Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Ria sozinha quase sempre,uma moça magra tentando controlar a própria loucura,discretamente infeliz.
Como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior.
Anota aí pro teu futuro cair na real: essa sede, ninguém mata!
Não estou fazendo nada errado só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas.
Incrível é encontrar o não procurado.
Achando o que não está perdido.
Matando as vontades nunca sentidas.
Mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto.
Sinais, procuro.
Rastros, manchas, pistas.
Não encontro nada.
Foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio.
Sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz.
Amor?
Não sei.
É meio paranóico.
Parece uma coisa para enlouquecer a gente devagar.
Gastei quase todas as minhas fichas: tudo é blues, azul e dor mansinha.
Sentir sede faz parte.
E atormenta.
A gente se entrega nas menores coisas.
Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro.
Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais.
Estou cada vez mais bossa-nova, espiritualmente sentado num banquinho, com o violão no colo.
Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca.
Para de sonhar coloridices.
Eu quero um punhado de estrelas maduras eu quero a doçura do verbo viver.
Se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada.
Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente.
Faz tanto tempo que invento meus próprios dias.
Apanhe todos os pedaços que você perdeu nessas andanças e venha.
Porque o mundo apesar de redondo tem muitas esquinas.
Então eu imagina você vindo.
Como eu te imaginava.
Encontrei o amor.
Ele não é real, mas que se há de fazer?
A gente não pode ter tudo na vida.
Pensamentos, como cabelos, também acordam despenteados.
Um dos olhos dela sorria cúmplice.
O outro criticava, cínico.
O tempo não cura tudo, aliás, o tempo não cura nada, ele apenas tira o incurável do centro das atenções.
Guardei a minha no bolso.
E fui.
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras – e por tudo isso ando cada vez mais só.
Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?
Uma pessoa não é um amontoado de frasezinhas supostamente brilhantes."


Tãão Caio, tãão eu *-*
Só espero que sobrem forças para sorrir por mais uma semana, para me conhecer por mais uns meses, para ser feliz por mais alguns anos. Eu quero sentir o cheiro da vida e ser estranha para os normais, pois afinal a vida não é nada normal mesmo :D

Que seja doce!

sábado, 24 de julho de 2010

Não te ausente jamais


Meu amor, meu amor
Nunca te ausentes de mim
Para que eu viva em paz
Para que eu não sofra mais
Tanta mágoa assim.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Só pro teu sorriso se abrir

Se você quiser a lua
Eu lhe digo: tome, é sua
Porque eu fiz a lua pra você

Se você quiser a estrela da manhã
Amanhã mesmo
Eu pego e mando pra você

Por você todas as flores
Exibiram novas cores
Tudo pura inveja de você...


Viniii, perfeitudo!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Resto de nós


Hoje abri aquela caixinha onde guardo nossos segredos,
fazia tempo que não a visitava por puro medo.
Encontrei lá dentro, restos de nós dois.
[...] Depois tranquei a caixinha
e parti para minha realidade fingindo à todos não viver na agonia,
mas na verdade o que eu queria era morar dentro daquela caixinha,
junto com o meu coração que já vive lá,
afinal desde que você me deixou
foi o único lugar que ele encontrou pra continuar a pulsar.

Silvia Schmidt

terça-feira, 20 de julho de 2010

O homem mais bonito do mundo

Uma vez eu conheci o homem mais bonito do mundo. Eu estava sentada no chão de uma festa com pocinhas. Toda festa de jornalista forma pocinhas, pode reparar. E ele veio falar comigo “vai molhar a calça”. Ah, mas vou mesmo.
Se tratava do homem mais bonito do mundo, eu não tinha nenhuma dúvida. Quem poderia ser mais bonito do que ele? Javier Bardem? Não. O Brad Pitt? Eu prefiro os morenos. O Jesus Luz? Acho fraco.
Enfim, tratava-se do homem mais bonito do mundo. E ele veio falar comigo. E eu estava sentada no chão. E ali mesmo trocamos uns beijos e telefones e confissões e eu lembro que, apesar de estar com muito sono e cansaço e desesperança com a vida, fiquei tentando descobrir o que um homem daquele nível supremo de beleza (um metro e noventa, olhos azuis, cabelos castanhos cacheados, ombros que iam até o Chile) tinha visto numa garota bem mediana que estava sentada no chão em um dos dias de menor brilho de sua carreira social.

Apliquei o teste do cotovelo durante o beijo. Apliquei o teste da sapiência média (você comenta que quando você olha pro abismo, o abismo olha pra você, e espera pra ver se ele tem alguma cultura de filosofia de almanaque). Apliquei o teste da bobeira erudita, uma merda qualquer que você lança no ar tipo “ai que vontade de chafurdar por essas lamas universais” e se o cara for minimamente interessante ele compra a besteira e devolve uma outra melhor ainda. Se ele for um tapado ele ri e fala algo idiota tipo “quero o mesmo que você está tomando” e daí você sabe que está, novamente, sozinho no mundo. Como sempre.

E ele, do alto de sua absurda e dolorosa beleza, foi tirando nota sete e meio em todos os quesitos. Devolveu uma besteira à altura, conhecia frases pessimistas perfeitas para uma noite estrelada e passou com certo louvor no teste do cotovelo.
No dia seguinte, já pela manhã, chegou uma mensagem de texto do homem mais bonito do mundo “quero te ver”. E foi então que resolvi pedir ajuda. Juntei a mulherada em casa. E todas nós, em silêncio, começamos a “googla-lo”. Não existe homem mais bonito do que esse e talvez nunca existirá. E, ao que tudo indica, trabalhador, com amigos do bem, amante da natureza e das crianças. A ficha.com estava limpíssima. Mas você viu se ele…Vi, vi, sim, ele passou no teste do cotovelo. Burro? Não. Então o quê hein? Pois é, amigas tão honestas, eu também não sei o que ele viu em mim.

Fiquei quarenta e sete dias com o homem mais bonito do mundo. Todo mundo olhava pra ele. Homens, mulheres, velhinhos, crianças, cachorros, pombas, formigas. Ele poderia ter qualquer uma das anjinhas da Victoria’s Secret (caso além de perfeito fosse trilhardário também...não era o caso, mas era bem de vida) mas preferia estar comigo.
Tudo ia muito bem até que um dia, na fila pra comprar uma bomba de chocolate numa rua de Higienópolis, eu resolvi explodir aquela relação. Ele era tão bonito que me...que me...que...sei lá. Lembro que na hora pensei algo assim “ah, má vá ser bonito assim lá na gentil-mulher-que-te-deu-a-luz”. E ele foi

A super, a hiper, a mega, a extra Tati Bernardi.
Com uma pequena adaptação de Roberta Cristina no final.

domingo, 18 de julho de 2010

"Querido John,

faz cinco anos desde que escrevi uma carta com caneta e papel. Mas pensei em escrever e contar o que aconteceu desde que nos vimos, algumas semanas depois que veio aqui, Tim recebeu uma doação anônima. Doação que ofereceu algo que o plano não permitia. Tempo. Tempo de, finalmente, voltar para casa. Tempo de ficar com o filho. Tempo de se despedir. E com o tempo eu aprendi que, sejam duas semana que passei com você, ou os ultimos dois meses que vivi com ele, em algum
momento, o tempo acaba. Não tenho ideia de onde está no mundo, John. Mas sei que perdi o direito de saber há muito tempo. Não importa quantos anos se passem, sei que uma coisa continuará verdadeira como sempre. "

Do filme "Querido John"


Nem sempre a vida nos reserva o que há de melhor. Finais tristes existem sim, infelizmente.

domingo, 11 de julho de 2010

Grey's Anatomy


Não dá pra saber qual dia será o mais importante da sua vida. Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada. São os dias normais, os que começam normalmente, e acabam se tornando os mais importantes. Nunca se sabe qual é o dia mais importante da sua vida. Não até ele acontecer. Você não reconhece o dia mais importante da sua vida até que esteja no meio dele. O dia que você se compromete com algo ou com alguém. O dia que você tem seu coração partido. O dia que você conhece sua alma gêmea. O dia que você se dá conta que não há tempo suficiente, porque você quer viver para sempre. Esses são os dia mais importantes. Os dias perfeitos.

ASSASSINOS DE POESIA

Escrever virou moda! E, infelizmente, isso não é dito com um sorriso no rosto, por mais contraditório que seja, pois desde muito tempo vem surgindo os assassinos da poesia. Eles, como qualquer assassino, não acrescentam nada, só retiram. Levam a suavidade do texto, o dom da escrita, a inspiração e a arte de escrever. E a poesia que levam, essa não se restringe somente ao gênero lírico, mas ao encanto das belas frases, o suspiro pela vida e essência da admiração de uma bela música ou de uma paisagem delicada, não trazem de volta.
Pode parecer estranho para aqueles que ainda não aceitaram essa verdade, mas é a realidade. De repente a árdua tarefa de escrever para alguém se torna fácil e bonito, porém já não é como antigamente, quando eram produzidas longas cartas de amor e textos de formatos diversos que expressam a opinião do escritor. Hoje os textos se reduzem a cinco linhas de escrita e que, ou repetem algo que algum famoso recitou algum dia, ou são falas gravadas que todos enviam para seus amigos-de-duas-semanas através de seus sites de relacionamento.
Não é mais expresso os sentimentos, mas sim o automático, as frases gravadas e o que os outros desejam ouvir. Em conseqüência disso, os vícios linguagem, a falta de informação e cultura e os erros ortográficos têm sido cada vez mais normais, já que tudo é bem aceito no mundo virtual, o qual é o mais vivido ultimamente.
Já não se vê poetas, cronistas, músicos e atores bons como antigamente, e então nós nos perguntamos por quê. A resposta encontramos facilmente nas rodinhas de amigos adolescentes, onde o tema se restringe Funk e Orkut. E a poesia, pobrezinha, nem mais se sabe o que ela é.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Retalhos

"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança.
Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem."


Quem mais poderia ser, hein?

terça-feira, 6 de julho de 2010

E era é amor

"Sempre no mesmo horário eu sento no banco,
abro o jornal e vejo ela passar.
Claro que ela sabe que é amor.
Todo dia é o mesmo jornal."

Tiago Morales, catado do Descobrindo Poesia, da linda Cín :)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Caiozito falando por mim

"Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas."

Caio Fernando Abreu

domingo, 4 de julho de 2010

"(...)Às vezes, o que precisamos está tão próximo... Passamos,
olhamos, mas não enxergamos. Não basta apenas olhar. É preciso saber
olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração. O
primeiro passo para existir é imaginar. O segundo é nunca se esquecer
de que querer fazer é poder fazer, basta acreditar."

Pedro Bial, que às vezes até consegue filosofar!

sábado, 3 de julho de 2010

'Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo,
aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada
um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles
cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles
cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um
bocadinho as durezas do mundo.'


[Ana Jácomo]



(ESSE É PRA VOCÊ QUE LÊ, JÁ COM O PEDIDO DE DESCULPA PELA AUSÊNCIA AQUI)