sexta-feira, 30 de abril de 2010

Seja seu nome e sua identidade


Verdade seja dita. Eu não sou como você esperava. Eu não sou uma loira-barbie pra te acompanhar nas festas jet-setters que você freqüenta. Eu não tenho um par de peitos de 300ml de silicone em cada um. Não tenho uma bunda de 102cm de diâmetro como a da Juliana Paes. Eu sou muito mais do que você espera. Muito mais do que você agüentaria. E talvez até mais do que você merece.

Porque eu sou fiel aos meus sentimentos. Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você. Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim. Na lata. Eu abro meu coração. Rasgo o verbo. Me dou em prosa. E se te disser que não te quero, meu olhar vai me desmentir na tua frente. Porque eu falo antes de pensar. Eu falo até sem sequer pensar. Eu penso falando. E se estou com você, aí, não penso duas vezes. Não penso em nada. Não quero mais nada.

Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.

Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura. Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”. Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga.

Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Me poupe do trabalho de adivinhar seus pensamentos. Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Me ligue quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim.

Brena Braz

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os dias passam, ou melhor, voam


Mais um ano bem vivido. Meu cérebro tem mais registros guardados, o cansaço vem se apresentar pra mim de verdade, os sonhos começam a se realizar, amigos de verdade surgem e várias coisas novas de repente tumultuam minha vida. Como diz minha tia, menos um ano para a morte. Não vou dizer que sinto que a maturidade chegou ou que hoje me sinto preparada pra vida, pra mim isso vem gradualmente, não chegam exatamente no dia 29 de abril, se já chegou veio com o passar dos longos dias de verão. Com o tempo, sabe? Mas a cada dia a vida me aparece de uma maneira bem bonita, suave e doce. Espero que os próximos anos, semanas, dias e tudo que se engloba a isso, me tragam sorrisos, surpresas e voos (principalmente de asa delta). Aqueles que passam por aqui, deixo um beijo, com muito amor!
Da menina que hoje fica mais velha, porém ainda com as antigas manias de menina.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Liga não, mentiram pra você


Mas tudo isso que dizem é balela, meu chapa. A vida é toda serena e tranquila. É que eles não se importam cum que contece, pra eles o único trem que importa é o próprio umbigo, entende? Entra na roda, traz teu violão, pra mó de nóis ser feliz.

Fofonildo :)


Pra mó de alegrar essa sexta-feira longa.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma nítida lembrança, um triste presente


Era estranho olhar aquele lugar com outros olhos. Minha lembrança não fazia jus aquela realidade. Antes aquele lugar era colorido, a grama era aparada, as casas transpareciam uma felicidade de fácil percepção e difícil compreensão. As crianças ficavam na rua aos sábados correndo e gritando, o ar era puro e doce. Lá no fim da rua podia ouvir o som de macaquinhos e pássaros. Tentei me convencer de que hoje tenho olhos maduros e cheios de sujeita. É, talvez seja isso, mas para ser sincera não é isso não. Sinto a frustração corroer as lembranças de uma infância que se desmanchou. O ralo engolia tudo o que um dia acreditei e levava consigo um pedaço de mim. Epitáfios. É o que me vem a mente.

Caio Fernando

O fato é que ela possuía uma graça especial, talvez o modo como se debruçava à janela, ou mesmo o jeito oblíquo de sorrir apertando os lábios, como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior. Naquele sorriso fácil, faceiro e verdadeiro, de sempre.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

De olhos fechados tentando entender

Com os olhos serrados da exaustão devido ao dia vivido hoje, vi você passar pela porta. Parecia não ter dormido, tinha olheiras e sua aparência superava a minha. Tive vontade de te colocar nos meu ombro e cuidar da tua carência. Eu podia ler o que se passava na sua mente, eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Entendia suas palavras que tropeçavam nelas mesmas, entendia seu olhar. Até o teu silêncio. A gente tinha uma ligação assustadora. Eu sabia. Aquele tempo todo sem você pra nada serviu, já que não te esqueci, não deixei de entender suas próprias confusões, não deixei de ser louca pelo teu encanto. Sei que outros não viriam. Não como você. Um sábio uma vez me disse que quando a gente gosta, assim pra valer, não dá pra esquecer não. Eu acho que esse sábio tinha razão, mas eu queria que esse amável indivíduo deixasse de lado o orgulho e entendesse suas próprias palavras.

terça-feira, 20 de abril de 2010

José Carlos Oliveira


"Nunca senti tanta pena de um homem, pela primeira vez
senti tesão misturado com piedade, ele era lindo que nem...
que nem o gatinho com a pata quebrada debaixo da chuva
que achei aquela noite em Ipanema e levei no colo,
e depois ficamos sentados debaixo da marquise,
e ele miava e eu ninava assim:
'Você marcou bobeira xará, com tanta gente nesta puta cidade,
foi cair logo nas mãos de uma gatinha de pata quebrada
debaixo da chuva, igualzinha a você."

sábado, 17 de abril de 2010

Companheiro, vamos lá!



"que aconteça alguma coisa bem bonita para você, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo, que leve para longe da minha boca esse gosto podre de fracasso, de derrota sem nobreza, não tem jeito, companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando. A chave gira na porta. Preciso me apoiar contra a parede para não cair."

CFA

Só para ouvir você respirar

Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirar
Ver o seu rosto sorrindo enquanto você dorme
Eu poderia me perder neste momento para sempre
Todo momento que eu passo com você
É um momento precioso


Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, amor
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta

Melodia I don't wanna miss a thing do Aerosmith

.euevocê.


Lá fora chove e com aqueles pingos grossos de verão vem a minha alegria e contentamento, talvez mesclada com uma discreta amenidade. A vida é bonita, eu sei. Agora eu entendi. Clima de sexta, renovação da chuva, alegria de criança. Criança. As cadeiras empilhadas me lembram justamente elas, porque me traz a recordação do cheiro de infância, dos dias em que eu tinha sorriso no rosto só por poder ir ali no portão. O cheiro da rosa que o meu bem maior me trazia todo diazinho de sol fresco. Eu desconfio que ele andava milhas e milhas pra encontrar aquelas belezinhas raras, pois nunca vi algo tão lindo e delicado naqueles cantos de lá. Aí a gente sentava na grama, na sombra da mangueira e comíamos cajá e amoras. Fazíamos flecha com linha de pipa e galho fino. Por diversas vezes jurávamos amor eterno e depois saíamos correndo, ele na frente, claro. Nunca fui veloz. Então ele chegava no nosso jardim e se escondia por de trás daquela pedrona e eu, toda boba, fingia que não sabia onde ele estava. Daí, depois que alguns minutos, que pra mim eram infinitos, ele aparecia do meu lado e dizia: - Sabe, eu não me imagino num mundo em que você não esteja. É que contigo é mais fácil levar essa vida.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu, modo de usar.

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música [...] Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, [...]tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. [...] Me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... Experimente me amar.

Martha M.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Traços de uma personalidade


Sou menina e mulher, por mais clichê que seja. Se pudesse seria a menina a todo o tempo, mas nem sempre a vida permite. Raramente tenho um pitiatismo e gosto de ser mimada. Amo o colinho da mamãe e tenho meus textos como válvula de escape. Não curto rock, prefiro a bossa e me derreto com o som do violão. Ainda busco o cara perfeito e vez por outra fico toda carente. Toco piano, mesmo sendo um instrumento penoso, e amo um estilo descolado, com meu jeans surrado e o all star discreto. Não acho política um assunto interessante e discordo das pessoas que esquecem de sua família na maioridade. Me enterro no meu quarto ouvindo Teatro Mágico e vestindo um blusão pra poder relaxar. Como chocolate e não quero nem lembrar das espinhas. Sou doce e sem noção. Calmaria e euforia. Sou o que você pensa e talvez mais um pouco.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colasanti

Um mundo em preto-e-branco


Não tenho certeza, mas hoje as pessoas parecem estar mais feias, sem graça, sem cor. Todos aqueles desconhecidos com seus olhares tão rude analisando tudo o que se passa ao seu redor. Tem gente que diz que a beleza está nos olhos de quem vê, mas não sei, eu só estou observando um pouco o que acontece e nada parece justificar essas atitudes. O tempo não passa, as pessoas batem o pé em sinal de impaciência, olhos se reviram em busca de algo interessante para se concentrar. Eu espero que seus humores mudem e que amanhã nasça uma numa rosa pra um dia mais feliz.... Eu espero.

sábado, 10 de abril de 2010

Tem espaço de sobra no meu coração

"... E mesmo assim, queria te contar, que eu tenho aqui comigo alguma coisa pra te dar. Tem espaço de sobra no meu coração. Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão" Tiê

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Palavras vazias

Hoje eu queria escrever sobre algo bonito, mas sinceramente?
minha lingua está toda dormente, estou doida pra dar uma saidinha e conversar um pouco, mas não posso.
Tava lendo algumas coisas da Tati Bernardi, imaginando alguns lugares , alguns amores. Aí li algo bem assim: "Porque eu te juro, de todas as coisas do mundo, eu só queria olhar pra você."
Sim, eu queria. Mas... quem é você? Você existe?
Às vezes a gente cansa da fantasia, cansa de esperar. Enquanto isso, fico aqui, me convencendo de que não estou esperando nada, mas na realidade espero sim. Pra mim, conto de fadas ainda existe.
Mesmo que concorde com o Caio que disse uma vez: "Estou cansado de construir e demolir fantasias, não quero me encantar com ninguém", talvez valia a pena não desistir, continuar forte por aqui.

"Mas as coisas findas...

...muito mais que lindas, essas ficarão."

Druu

quinta-feira, 8 de abril de 2010

But you still have all of me



"Estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos meus medos infantis
E se você tiver que ir. desejo que vá logo
Porque sua presença ainda permanece aqui
Porque não vai e me deixa sozinha?

Essas feridas não parecem se cicatrizar
Essa dor é muito real
Existe tempo demais para ser apagado

E segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim."

Do medo a gente tira o refúgio

Do tudo a gente tira um pouco.
Hoje, enquanto estava com a boca toda aberta fazendo a cirurgia, já cansada, doida pra deitar na minha cama, eu precisei de algo pra me desligar daquilo, acabar com meu medo e agonia e me refugiar.
Encontrei a música do Teatro Mágico. E fiquei cantarolando na minha mente. Sabe que ajudou?
Quando o medo chega a gente costuma chorar e jogar tudo pro alto, no meu caso isso era meio impossível, mas em outras circunstâncias a gente sempre faz isso. Enfrentar medo é superação, como quando uma criança tem que passar por um lugar escuro, mesmo morrendo de medo. Mas no fim a gente acaba descobrindo que por mais medo que possamos ter, a força está sempre lá. Ela fica intacta. Só que a gente não sabe usá-la. Ou não sabe como encontrá-la.
Peça ao medo para dormir e tire dele um refúgio, o seu refúgio. Pode apostar que ele existe.


"Um não, às vezes um "NÃO SEI"
Janela, Madrugada, Luz tardia
E o medo nos acorda
Pára e bate o coração
Em pura disritimia
O medo amedronta o medo
Vela, Madrugada, Dia
Assim como a saudade
Ou uma frase perdida
Durma, medo meu"
Teatro Mágico

quarta-feira, 7 de abril de 2010

As façanhas amorosas

- Porque também você se mantinha grave e silenciosa e não me deu qualquer encorajamento.
- Mas eu estava embaraçada.
- E eu também
- Podia ter procurado ter conversado mais comigo, quando veio jantar.
- Um homem menos apaixonado que eu talvez assim o tivesse feito.


Jane Austen in "Orgulho e Preconceito"

O descanço pros dias agitados



Que todo mundo tenha um amor quentinho.
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo.

Briza Mulatinho

terça-feira, 6 de abril de 2010

Antípodas


- O sol está se pondo, você viu? A parte de baixo dele já começou a desaparecer no horizonte.
- Então a esta hora deve estar amanhecendo no Japão.
- Onde?
- No Japão. Do outro lado do mundo.
- Ah, os antípodas.
- Pois é, os antípodas.
- An-tí-po-da é uma palavra horrível, não?
- Melhor que artrópodes.
(silêncio)
- Eu quero me matar.
(silêncio)
- Eu estou apaixonada.
- Você quer se matar porque está apaixonada?
- Acho que sim.
- Mas você só tem dezesseis anos.
- E o quê que tem? Não sei quem foi que disse que a gente devia se matar na adolescência, quando as coisas ainda são bonitas.
- As coisas não são bonitas?
- Não. Odeio cada pedra desta cidade. Cada porta. Cada casa. Cada cara que passa por mim na rua. Odeio, odeio.
- Mas não se mate.
(silêncio)
- Por favor.
- Por favor o quê?
- Não se mate.
- Ah, esquece. O sol está indo embora. Só falta um terço dele.
- Ninguém se mata por amor.
- Agora só tem uma lasquinha dele, bem vermelha.
- Olha, uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese, que dizia assim: "Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso nada".
- E o que aconteceu com ele, esse tal Cesare?
- Se matou.
(silêncio)


Do livro "Ovelhas Negras" do Caio

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Entre o amor e o orgulho


Ela o olhou, o coração aos pulos.
-Eu não sabia...
-Então por que aceitou casar-se comigo se achava que não a amava?
-Porque eu o amava por nós dois.

Sarah Morgan in "A um passo da Felicidade"

domingo, 4 de abril de 2010

A injustiça das classes intelectuais

Esses dias tava no ônibus, ele tava bem lotado. O sol forte, o suor começava a incomodar. Já estávamos na metade da ponte Dep. Darcy Castello de Mendonça, mais conheceda como Terceira Ponte do que pelo seu nome verdadeiro, então, observando a vista de Vitória, que dali fica bem bonita, comecei a deixar minha mente vagar, ela foi a lugar sombrios, visitou pessoas das mais péssimas índole e das mais admiráveis personalidades, então pude definir algo que é muito perceptível: os diversos tipos de pessoas. Todos foram criados de igual maneira, mesmo recebendo educação diferente. Algumas são éticas, outras nem se importam em adquirir sua própria cultura, sabedoria e seus gosto. Em meio a esse devaneio classifiquei o esforço e inteligência humana em tipos de pessoas. Neles estão:
- Inteligente: Ele estuda um pouco, tira notas razoáveis onde quer que seja, é o descolado do grupo. Porém ele nem sempre sabe de tudo.
- Nerds: São inteligêntes, porém são paranóicos e querem ser os conquistadores do mundo, para isso querem testar suas habilidades e saber de TUDO.
- Estudiosos: Pode ser considerado como burro, mas não é não. Ele tem uma dificuldade de memorizar as coisas em um "estalo de dedos" porém corre atrás do prejuízo e se mata de estudar, só que um pouco menos que os nerds, para ser alguém na vida. Por isso ele tenta saber de alguma coisa.
- Gênios: é o maldito terrequeo que ouve algo e já memoriza, por isso não precisa ficar lendo e gravando qualquer coisa que seja. Ele sabe tudo!

Pra mim, isso tudo é uma injustiça. Eu queria ser um gênio, mas agora sabe-se lá o que eu sou.

sábado, 3 de abril de 2010

I willn't Lose


"Pode o mundo acabar
Pode o tempo parar
Tudo acontecer
Que eu não vou te perder

Pode o céu desabar
Pode secar o mar
Só não pode morrer
Meu amor por você"



Trecho da Canção "Deu Medo" do Leandro e Leonardo.
Em homenagem à trilha sonora do dia da família Beje Feliciano.

Ps.: é maravilhoso poder passar um dia inteiriiiinho com vocês, meus amores.
Como eu os amo. [suspiros]

Um beijo carinhoso.
E pros leitores, se é que eles existem, boa semana!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Escrevo para você


Sabe, hoje eu poderia escrever sobre várias coisa. A chuva que cai lá fora, o ruído do balanço que as crianças estão brincam, o dia em que o pássaro pousou no ombro do rapaz que observava a praça. Mas eu decidi falar de você. Você que me diz que vai ficar tudo bem, que faz com que eu queira morar no teu abraço, que lê meu coração, que domina meus sentidos me fazendo não ter controle sobre minhas emoções e reações quando estou contigo. É, você que um dia se encostou no meu ombro e prometeu um mar de rosas e, difirente dos contos de fadas do século XXI, permaneceu por mim e pra mim.

Certas coisas não se tem controle



"Ele sorriu de modo confiante naquele momento, ciente de que eu estava na palma de sua mão. E percebi que não conseguia resistir aos seus encantos. Não havia nada que eu pudesse fazer: aquele cara tinha um GPS, um Sistema de Posicionamento Global, que o levava direto para o meu coração."

Confissões de Lucy no Livro "O Clube das Chocólatras"

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sol e sombra, Lua e mar


Para ela tudo era simples
Todos os sentimentos eram puros
Ela não pegava no pé,
Mas de vez enquando ela deixava tudo mundo com o coração na mão
Era 8 e 80.
Amor e ódio, Solidão e companhia.
Ela era flores e espinhos.
Era assim. A menina-mulher.
Do coração suavemente empedrado.

A carência de um amor quentinho

Hoje eu só queria um carinho,um dengo, um afago, um mimo
desses que alisam a alma da gente e aquecem o coração também.
Queria um poema feito para mim mesmo sem rima, sem contexto
só um poema no avesso feito de vida e de verdades mil.
Não precisava ser assim: - uma obra fenomenal!
bastava um escrito normal de quem gostasse de mim.
Queria me sentir importante,ser a musa, ser a amante
alguém além do simplesmente,sem precisar chegar a tanto.
Hoje eu queria um sorriso disposto em versos talvez
que é a linguagem que eu sei,que o mundo me ensinou.
Não precisava ser dos grandes,nem tão especial ou brilhante
bastava que fosse verdadeiro,um sorriso desses por inteiro.
Hoje eu queria pouca coisa e mesmo assim não tenho
será que nesse mundo sem fim ninguém faz um poema pra mim?

Terê Penhabe