domingo, 17 de outubro de 2010

Kyle XY


"Amanda estava certa. As leis da ciência não se aplicam aos assuntos do coração. Mas o ciúme havia prejudicado meu discernimento. A verdadeira química não pode ser forçada nem manipulada. E uma verdadeira relação só pode ser construída ou restaurada com honestidade e respeito mútuo. Fracassei com Amanda. Havia fracassado conosco."

3ª Temporada, Episódio 7.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mas tudo passa... Tudo passa!


O tempo passou. No meio da festa, outro dia, eu olhei para o sujeito e percebi que não sentia mais nada em relação a tudo aquilo. Parecia tão importante na época, parecia insuperável, mas acabou, ficou para trás, não deixou rastros. A vida andou, como a vida costuma fazer - desde que a gente não se agarre às memórias com as duas mãos, desde que a gente não fique refém da traição e da culpa.

Caio F.

sábado, 9 de outubro de 2010

Diálogo

(Gary um solteiro, galinhão, muito charmoso e Crhistopher, um médico separado, deixado pela esposa com a desculpa de que não dedicava tempo a ela. E agora ele se via se apaixonando por uma outra mulher depois de tanto sofrer por sua ex -esposa)


-Tenho cinquenta anos. Aprontei feliz da vida com tudo que via pela frente por belos trinta e poucos anos, e agora... -disse Gary, suspirado fundo e balançando o cabeça.
- Minha nossa. Coitadinho. Então, é ela? Você finalmente percebeu os erros de seus hábitos?
- Não os erros. Antes, eu estava bem. Ficava feliz em pular de galho em galho.
- E agora não mais?
- É um sentimento estranho. É como... bem... uma preocupação. Uma espécie de medo. E, ao mesmo tempo, uma empolgação. Entusiasmo... e tristeza... tudo misturado. Um tipo de dor -explicou ele enquanto tomava um farto gole de uísque. -Talvez eu deva ir ao médico. Que estúpido! A essa altura da vida.
- Se que a opinião de um médico, eu diria que você apresenta os sintomas do pior de todos os males.
Gary se virou para o amigo:
- Isso tem cura?
- O tempo, em alguns casos, cura. Mas apenas em alguns casos. Em outros, os sintomas parecem durar a vida inteira com variações dos graus de gravidade.
- E você? -Perguntou Gary.
- Tive isso uma vez, mas foi embora. Sem avisar.
- Então você está curado?
- Pensei que estivesse. Mas acho que posso estar contraindo isso de novo - disse Christopher, olhando para as brasas- E não tem absolutamente nada que eu possa fazer a respeito.

Trecho do livro "O amor e o dr. Devon"

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um ato de Amor

O que significa fazer a diferença? Por muito tempo acreditei que bastava dizer que eu amava e seguia a Deus e já seria o suficiente, eu teria feito a diferença. Mas hoje, após me inclinar e permanecer atenta a voz do Senhor a cada manhã percebo quanta coisa está envolvida nesse simples ato.
Não vou dizer que é fácil por que na maioria das vezes você será humilhado, mas assim como afirma nas escrituras, exaltados serão os humilhados. Valentia, Coragem, Dor, Amor, mais Valentia e Prostração são essenciais em todo esse processo. E esse último é o mais admirável gesto, pois é quando reconhecemos que já não somos nada e deixamos Deus reinar. No fim das contas tudo se resumirá no amor. Ah! o amor. Sempre ele. Sem ele fazer a diferença não teria sentido, pois quando chegamos ao grau de intimidade que amamos mais a Deus do que a nós mesmo e entregamos tudo nas mãos d'Ele, queremos apresentá-lo ao mundo inteiro. Como? Fazendo a diferença.
E então as pessoas perceberão que existe algo tão lindo em nós que terão o desejo de conhecê-lo também. E será nesse momento que sentiremos que já não somos nós que vivemos, mas Cristo vive em nós.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eu posso ser


"Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to comendo um lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim?

Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito!

Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.

Comecei um documentário com um grande amigo, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.
Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.

Até que algo sensacional aconteceu...

Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele. Ele quem mesmo???"


Mathinha M.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Coisas do tempo

Eu queria algo profundo, verdadeiro e bonito para escrever. Sabe-se lá o tema, mas no momento eu me retiro, observo e aprendo. Vamos concretizar o aprendizado pra depois escrever sobre ele, é mais fácil e certeiro.
Às vezes me pego desesperada por respostas ou soluções, porém o meu tempo não é o único que existe nesse mundo. Muitas vezes um mês, para a minha impaciência, pode ser 3 dias. Mas não é. Não é. E isso dói.

domingo, 3 de outubro de 2010

Huuuuummmm....


Porque é delicioso e viciante! Morangos com Leite Condensado *-*
Ps.: esse é o cardápio da hora. E para comer ao som de SUDDENLY I SEE - Kt Tunstall

sábado, 2 de outubro de 2010

Só o futuro importa! SERÁ?

Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.
Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do "ter de". Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.

Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?
Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda agüenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de "deveres" impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.

Lya Luft, que SÓ disse TUDO o que eu queria dizer