sábado, 9 de outubro de 2010

Diálogo

(Gary um solteiro, galinhão, muito charmoso e Crhistopher, um médico separado, deixado pela esposa com a desculpa de que não dedicava tempo a ela. E agora ele se via se apaixonando por uma outra mulher depois de tanto sofrer por sua ex -esposa)


-Tenho cinquenta anos. Aprontei feliz da vida com tudo que via pela frente por belos trinta e poucos anos, e agora... -disse Gary, suspirado fundo e balançando o cabeça.
- Minha nossa. Coitadinho. Então, é ela? Você finalmente percebeu os erros de seus hábitos?
- Não os erros. Antes, eu estava bem. Ficava feliz em pular de galho em galho.
- E agora não mais?
- É um sentimento estranho. É como... bem... uma preocupação. Uma espécie de medo. E, ao mesmo tempo, uma empolgação. Entusiasmo... e tristeza... tudo misturado. Um tipo de dor -explicou ele enquanto tomava um farto gole de uísque. -Talvez eu deva ir ao médico. Que estúpido! A essa altura da vida.
- Se que a opinião de um médico, eu diria que você apresenta os sintomas do pior de todos os males.
Gary se virou para o amigo:
- Isso tem cura?
- O tempo, em alguns casos, cura. Mas apenas em alguns casos. Em outros, os sintomas parecem durar a vida inteira com variações dos graus de gravidade.
- E você? -Perguntou Gary.
- Tive isso uma vez, mas foi embora. Sem avisar.
- Então você está curado?
- Pensei que estivesse. Mas acho que posso estar contraindo isso de novo - disse Christopher, olhando para as brasas- E não tem absolutamente nada que eu possa fazer a respeito.

Trecho do livro "O amor e o dr. Devon"

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