domingo, 11 de julho de 2010

ASSASSINOS DE POESIA

Escrever virou moda! E, infelizmente, isso não é dito com um sorriso no rosto, por mais contraditório que seja, pois desde muito tempo vem surgindo os assassinos da poesia. Eles, como qualquer assassino, não acrescentam nada, só retiram. Levam a suavidade do texto, o dom da escrita, a inspiração e a arte de escrever. E a poesia que levam, essa não se restringe somente ao gênero lírico, mas ao encanto das belas frases, o suspiro pela vida e essência da admiração de uma bela música ou de uma paisagem delicada, não trazem de volta.
Pode parecer estranho para aqueles que ainda não aceitaram essa verdade, mas é a realidade. De repente a árdua tarefa de escrever para alguém se torna fácil e bonito, porém já não é como antigamente, quando eram produzidas longas cartas de amor e textos de formatos diversos que expressam a opinião do escritor. Hoje os textos se reduzem a cinco linhas de escrita e que, ou repetem algo que algum famoso recitou algum dia, ou são falas gravadas que todos enviam para seus amigos-de-duas-semanas através de seus sites de relacionamento.
Não é mais expresso os sentimentos, mas sim o automático, as frases gravadas e o que os outros desejam ouvir. Em conseqüência disso, os vícios linguagem, a falta de informação e cultura e os erros ortográficos têm sido cada vez mais normais, já que tudo é bem aceito no mundo virtual, o qual é o mais vivido ultimamente.
Já não se vê poetas, cronistas, músicos e atores bons como antigamente, e então nós nos perguntamos por quê. A resposta encontramos facilmente nas rodinhas de amigos adolescentes, onde o tema se restringe Funk e Orkut. E a poesia, pobrezinha, nem mais se sabe o que ela é.

Um comentário: