O barulho de uma cadeira que se move, como que empurrada. Depois silêncio. Aquele silêncio repleto. Profundo. O silêncio dos beijos. Aquele que relata e fala de sonhos, de fábulas e tesouros escondidos. Os mais bonitos. E Niki sabe.
E enquanto aperta mais forte o travesseiro pensa que talvez o amor verdadeiro seja aquele de seus pais. Um amor simples, cheio de jornadas comuns, cada um com seu compromisso e próprios hobbies. Um amor feito de risadas e brincadeiras quando se volta para a casa à noite, feito de cafés da manhã, de filhos para crescer, de projetos ainda não realizados.
Sim, os meus pais se amam. E não foram o primeiro amor um do outro. Conheceram-se depois de terem amado outras pessoas. E talvez não dessa forma. Talvez seja necessário viajar antes de compreender qual é a meta certa para nós. Talvez a primeira vez seja cada vez que amamos.
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