terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sem Definição para Viver


Não se entende a vida completamente até ela parar, ou melhor, até perceber que ela vai parar. Gosto de pensar que sempre podemos dar o nosso significado as coisas, porque sempre teremos uma percepção diferente do mundo a nossa volta e das pessoas que nos cercam.
Dessa forma quero dar inicio ao que não sei o que é, mas quero entender apenas como a minha percepção das coisas. É certo que haverá sempre uma verdade, que eu acreditarei sempre ser a de Deus. Mas a questão não é se meu ponto de vista da vida está certo, a questão é que a cada ano que passa eu acrescento algo mais na minha percepção.
A vida não é nunca o que eu penso que é, e quando penso que aprendi ou que entendi alguma coisa, aprendo outra coisa em seguida que não invalida a percepção anterior, mas de certa forma minimiza.
Não quero saber hoje o que deveria saber amanhã. Não quero me lamentar amanhã pelo que não fiz hoje. Mas quero amar mais amanhã do que amo hoje. Quero fazer certo hoje, pois quero ter Deus hoje, e amanhã, amanhã quero estar com Deus também.
Sou grata por tudo que tenho e o que não tenho. Tudo que tenho hoje não mereço e me mostra que a misericórdia do Eterno me alcançou. Peço que tudo que tenho não me domine, mas me auxilie a encontrar o Céu. E o que não tenho, quero poder batalhar e alcançar se assim Deus permitir.
Fui criança, sou jovem, essas são as fases que tive certeza. O que fazer então com o tempo que a mim foi destinado? Se eu gosto de definir as coisas, como defino a forma que tenho vivido a minha vida? Há arrependimento? Há alegria? Há tristeza? Há por acaso respostas para minhas indagações?
Na alegria ou na tristeza. Na fartura ou na escassez. Na prisão ou em liberdade. Em meio a qualquer situação que eu passar, eu saberei: Não durará para sempre.
Aproveitarei meus dias e admirarei a sua beleza individualmente. Não posso acreditar que todo nascer do sol é igual. Quero fazer algo diferente. Quero sentir tudo o que eu puder, quero fazer tudo o que me vier a mão para fazer, quero ajudar as pessoas que eu não conheço, mas não quero fama. Quero amor.
Eu não entendia o mistério de viver, não entendo e nunca entenderei.


Texto escrito por Priscila Moret, no qual eu o entendi mais do que ela imagina.


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