quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um alguém que, assim como eu, aprendeu a viver da poesia

Minha delicada menina,


Posso afirmar que essa carta vem com o cheiro das rosas. Sim, essas rosas que eu entrego junto à carta. Podem ser pétalas ou buquês de flores, não importa, pois a amizade é aquela metáfora que certo dia te contei, por isso com essa carta vem anexo sorrisos, abraços, flores, aquele cheiro inconfundível que terra molhada e algo que pode sair dessas simples metáforas. É algo que você conhece bem. É que esse algo é parte da nossa amizade. É todo o meu carinho por você.
Menina dos cachos dourados, jamais tente estimar a imensidão que existe em mim e é dedicada à você. Não faz idéia do quanto me orgulho de você. Quando a conheci, era uma menina ainda sensível à alguns ensinamentos, talvez alienada nesse mundo de confusões e hoje... Ah, hoje é uma menina crescida que aprende todos os dias coisas sobre a vida que nem um profissional em psicologia ou saúde, que diz entender tudo sobre o mistério da vida, jamais descobriu, porque essas descobertas só podem alcançar aquelas pessoas que tem a doçura e a sensibilidade de uma menina. E você é assim, percebendo detalhes, provando sentimentos e sensações novas, cuidando de todo mundo que ama. Obrigada por ser essa menina-mulher e por permanecer aqui comigo. 
Eu fui reler sua última carta e meus olhos se encheram de lágrimas, sabe?! Me senti tão abraçada à você. É tão bom isso, tem aquela coisa também que a gente se entende e se compreende mesmo na revolta. 


Já quero iniciar outro parágrafo agradecendo de novo. Eu pensei em agradecer pelo simples fato de me ouvir, mas quero ir além. Menina da tia, obrigada por, mesmo sem saber, levar meu medo embora. Medo da solidão, de ser eu mesma, de agradar, de não agradar, de amar, de ser insensível, medo de... acho que de algo que ainda nem tem nome, talvez uma insegurança.  Obrigada por ser a calmaria que eu preciso, que ao mesmo tempo se dissolve na alegria que as vezes me falta.Obrigada por não usar fórmulas, por não fingir, por ser somente você. 


Acho que também falta agradecer pelas vezes em que me peguei rindo sozinha na rua ou em casa, simplesmente por trazer a memória nossas conversas e histórias. Pensando bem, ainda falta muita coisa. Eu poderia agradecer por sempre "segurar minha mão", por acompanhar meus dias tristemente felizes. Lutas passaram, amores se foram, histórias rolaram, risadas caíram no esquecimento, mas nós vencemos. Afinal, estamos aqui, vivas e felizes. Mais do que nunca.


Que o meu "eu amo você" inunde todo e qualquer lugar onde você passar e estiver, que ele faça repousar qualquer lágrima que queira sair e traga todo o meu carinho, amor e tudo o que vier junto, para que você tenha dias ternos e, como sempre digo, doces. Ligeiramente doce.

Te entrego tudo de melhor que possa existir em mim. 
Com muito amor,
Roberta (18/01/2010)

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