segunda-feira, 24 de maio de 2010

Não ir embora?

Ele ia todas as noites e se sentava com a menina. Nas primeiras duas vezes, só fez ficar com ela - um estranho para matar a solidão. Noites depois, sussurrou:
- Psiu, eu estou aqui, está tudo bem.

Passadas três semanas, abraçou-a. A confiança se acumulava depressa, graças, sobretudo à força bruta da delicadeza do homem, a seu estar ali. Desde o começo, a menina soube que Hans Hubemann sempre apareceria no meio do grito e não iria embora.

* Uma definição não encontrada no dicionário*
Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.

Markus Zusak  in "A menina que roubava livros"

Um comentário:

  1. Vc e esse livro q nao se separam, depois me fala q ele eh ruim, aushauhsas

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